11 de março de 2014

Especial: O QUE FAZ UM BIBLIOTECÁRIO?



O QUE FAZ UM BIBLIOTECÁRIO?


Como você responderia a esta pergunta? Talvez alguma experiência ou lembrança das bibliotecas que você tenha freqüentado, ou mesmo um filme que você já tenha, visto tenham lhe dado algum referencial sobre esta profissão. "É o cara que fica atrás do balcão atendendo o público ou nos fundos da biblioteca organizando o acervo" poderia ser uma resposta padrão.
O trabalho em qualquer biblioteca (do seu bairro, da escola, da universidade - por exemplo), requer muitas outras atividades que fazem do bibliotecário um administrador: gerenciar a equipe da biblioteca e os trabalhos que envolvem a organização e disseminação do acervo (seleção, aquisição, catalogação, classificação, indexação, serviço de atendimento, etc.), implementar e gerenciar os sistemas de informação, entre outras atividades.
Mas o universo do bibliotecário não se restringe apenas aos livros, revistas e outros materiais das bibliotecas tradicionais há tempos.
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, nos vemos cercados de informações por todos os lados, através de milhares de livros e textos, artigos de revistas e jornais, músicas, websites, filmes, vídeos, anúncios publicitários, noticiários, e-mails, imagens, dados estatísticos, etc., que fazem parte do nosso dia-a-dia no trabalho, nos estudos e no lazer.
Você já deve ter ouvido falar que estamos vivendo a Sociedade do Conhecimento, onde o conhecimento e a inovação são os bens mais valorizados, até mesmo em termos econômicos. Mas não significa que receber muitas informações seja adquirir conhecimento, pois ele só se constrói quando nos utilizamos das informações para compreender algo e as aplicamos de algum modo. Com tanta oferta de informação em nosso cotidiano, percebeu-se a necessidade de focar no que os estudiosos chamam de "competência em informação" (information literacy), ou seja, na capacidade de saber selecionar, interpretar, analisar e utilizar a informação mais adequada para determinada necessidade. Assim, o bibliotecário, pela sua formação e experiência profissional, acaba sendo fundamental na promoção da competência em informação, atuando nos lugares onde é preciso organizar a informação (independente de onde ela esteja) e facilitar o seu acesso aos usuários.
Hoje em dia, o bibliotecário pode atuar em centros de documentação ou informação, arquivos, centros culturais, centros de memória, museus, editoras, empresas de rádio, TV e Internet, órgãos governamentais, empresas privadas e do terceiro setor, bancos de imagem, serviços de informação em geral, entre outros. Além de tratar e desenvolver recursos de informação, ele pode desenvolver e realizar ações educativas e de ação cultural (principalmente de acesso à leitura); trabalhar com organização e disponibilização de documentação histórica e conservação e restauração de obras raras; integrar e desenvolver estudos e pesquisas em diversas áreas; fazer parte dos processos das empresas na tomada de decisão e na certificação de qualidade; atuar como analista de conteúdo de Internet; administrar, desenvolver e manter bancos de dados, sistemas de informação, bibliotecas digitais e virtuais; organizar sites e portais corporativos, realizando a arquitetura de informação; implementar e integrar os processos de gestão de conhecimento de organizações.
Além disso, ele também pode atuar como autônomo, prestando consultorias a empresas. Por conta de suas múltiplas possibilidades de atuação, o bibliotecário foi ganhando outros nomes ou "apelidos", tais como: profissional da informação, gestor da informação, gestor de conhecimento. Seja como for, a presença de um profissional com as suas competências tem sido cada vez mais necessária nos atuais tempos.

12 de Março, Dia do Bibliotecário


O Dia do Bibliotecário, no Brasil, é comemorado em 12 de março em homenagem a Manuel Bastos Tigre (nascido em 12 de março de 1882). Figura de múltiplos talentos e profissões formou-se engenheiro, mas também exerceu ocupações como jornalista, poeta, compositor, teatrólogo, humorista, publicitário e, especialmente, bibliotecário. É considerado o primeiro bibliotecário por concurso no Brasil, atuando no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
O Decreto Federal nº 84.631, de 09/04/1980, assinado pelo então presidente da República João Figueiredo, instituiu, além do Dia do Bibliotecário, a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca (de 3 a 29 de outubro). 
O bibliotecário é um profissional de nível superior (bacharelado em Biblioteconomia), cujo exercício é regulamentado por lei e fiscalizado por Conselhos Regionais de Biblioteconomia.
Sua imagem, geralmente, é associada aos livros e às bibliotecas tradicionais, atribuição que por muito tempo se fez única realmente. Da Renascença (na época da criação da tipografia) até meados do século XIX, o bibliotecário quase sempre era um erudito ou um escritor que cuidava dos acervos, à procura de paz para realizar sua obra. A partir de meados do século XIX, sentiu-se a necessidade de haver um profissional com formação especializada e técnica, pois se reconheceu que era uma profissão socialmente indispensável. Como vimos anteriormente, agora o bibliotecário pode atuar em diversos lugares.
Um exemplo de um tipo diferenciado de atuação é a própria Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo, cuja equipe é formada também por pessoas da área de Biblioteconomia.

Símbolos da Profissão


A lâmpada de Aladim, que representa desde a antiguidade a incessante vigília e a atividade intelectual, e o livro aberto, que significa o oferecimento da educação e da cultura.
A pedra do profissional é a ametista, uma pedra preciosa de cor violeta. É uma variedade de quartzo, encontrada no Brasil, Uruguai, Sibéria e no Ceilão. Clássica pedra da amizade, reforça a memória, protege da alucinação e defende contra a embriaguez.

Fonte: Biblioteca Virtual do Estado de São Paulo


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